A tensão pré-menstrual (TPM) é caracterizada por transtornos emocionais e físicos nos dias que antecedem a menstruação. Ela pode afetar mais de 85% das mulheres, segundo um recente estudo realizado em centros urbanos no Brasil.
O problema costuma ser suficientemente intenso para interferir de forma negativa sobre a qualidade de vida, com prejuízos da convivência social e da produtividade no trabalho, e desinteresse por atividades normalmente agradáveis.
Alguns dos sinais e sintomas da TPM mais comuns são irritabilidade, cansaço, tristeza, dor de cabeça e dor mamária, associados ao inchaço generalizado decorrente da retenção de líquido.
O tratamento não medicamentoso deve ser preferencial, principalmente na abordagem inicial, a partir de mudanças dos hábitos alimentares, exercícios físicos, fisioterapia e psicoterapia, todos de forma personalizada.
No aspecto nutricional, pode ser interessante fracionar a dieta, diminuir a ingestão de alimentos ricos em cafeína, dar preferência a carboidratos complexos e alimentos com baixo teor de gordura.
A atividade física regular, além de aliviar o estresse e a irritabilidade, e melhorar a qualidade do sono, favorece a interação social e será de grande valor para o controle da TPM. Deve ser realizada sob a supervisão de um profissional fisioterapeuta ou educador físico.
Psicoterapia, meditação, exercícios de relaxamento e acupuntura são outras formas de abordagem interessantes da TPM, ficando o tratamento com medicamentos restrito, a critério única e exclusivamente médico, aos casos resistentes a essas medidas